Bancada Feminista Osasco

Por uma Osasco, onde as mulheres sejam protagonistas da sua história!

Manifesto da Bancada Feminista do PSOL Osasco, pré-candidatura coletiva à vereança de Osasco com as co-candidatas: Ana Lima, Emily, Lucilene e Sonia Alvarenga. OSASCO precisa sair das redes sociais do prefeito.

A primeira tarefa de nossa pré candidatura é resgatar a cidade das redes sociais do prefeito, que todos os dias conta uma história que não existe nas UBS, no transporte público, na ausência de cultura nas periferias. Uma cidade que não pode manter relações políticas de uma quase idolatria com um governador que agride estudantes e implementa uma chacina no litoral sul de SP e se orgulha disto. A extrema direita que hoje governa SP não pode estar no governo de Osasco.

O desemprego, a pobreza e a falta de acesso aos serviços públicos básicos produzem mais vulnerabilidades para a população da cidade. As vidas de mulheres, negros, negras, LGBTQIAPN+, povos indígenas em seus territórios, pessoas com defi ciências, migrantes e idosos são as mais atingidas pela ausência de políticas públicas voltadas para atender as suas necessidades. O abandono de nosso município é o abandono de nossas crianças, de nossos adolescentes, de nosso futuro.

Mesmo Osasco sendo a sétima cidade mais rica do país e a segunda do estado, nestes 8 anos deste governo de redes sociais e agora aliado do governo privatista Tarcísio de Freitas-REPUBLICANOS, nosso povo jamais vivenciou essa riqueza se transformar em políticas públicas que atendam aos munícipes. Nossa cidade tem prédios e empreendimentos imobiliários sendo construídos em todos os bairros. São moradias que não atendem a periferia, mas impõem falhas como falta de planejamento urbano e plano diretor. As consequências imediatas são o caos no trânsito e, a longo prazo, o título de 2° pior qualidade do ar do Brasil. Enquanto assistimos a este cenário de absurdos, o atual prefeito prefere fazer vídeos de tiktok ao invés de criar políticas públicas.

A saúde pública de Osasco é um caos e está terceirizada. São milhões de reais destinados a empresas que não atendem a população com qualidade e agilidade. O Hospital Antonio Giglio recebe 392 milhões de reais, 11 milhões por mês. A UPA Centro, onde os munícipes levam no mínimo 6h para serem atendidos, recebe 64 milhões de reais por contrato, 1,7 milhões por mês. Uma saúde que gasta milhões em terceirização e que não atende seus habitantes.

Em defesa da população LGBTQIA+ o CRCD (Centro de Referência e Cidadania da Diversidade) que atende a esse público população precisa sair da sua invisibilidade de atuação e passar a ter uma efi ciência invisibilizado e no atendimento. O Conselho LGBTQIA+ precisa atuar na cidade para debater políticas públicas sobre a pauta. A Parada de Osasco tem de ser fortalecida pela prefeitura pois além de ser uma via de organização da luta contra a LGBTfobia fomenta o turismo da cidade e região.

O Hospital da Mulher, promessa de campanha do atual prefeito, continua de portas fechadas e ainda em fase eterna de construção. Ao mesmo tempo, as mulheres levam meses para atendimento especializado em e exames periódicos. É um absurdo termos o 2º maior PIB do estado e não ser oferecido o mínimo quando se fala em dignidade para nossas moradoras.

As mulheres que são as vítimas de violência doméstica e sexual, contam com apenas uma delegacia em sua defesa, que só funciona em horário comercial de segunda à sexta e está inacessível para quem mora nos bairros extremos da cidade - onde ocorre a maioria dos casos - pois a mobilidade é cara e ruim. Dados sobre a composição familiar no Brasil demonstram que as mulheres são maioria como chefes de suas famílias. Em nossa cidade, esta situação não é diferente. São as mulheres desta cidade que lutam por moradia e resistem aos despejos violentos.

Política é decisão! O prefeito Rogério Lins escolhe fazer dancinha na rede social. Com a reforma trabalhista, as mulheres tornaram-se mais vulneráveis no mundo do trabalho. Há poucos direitos que possam garantir qualidade de vida para si e seus filhos e filhas. O subemprego e a precarização escondem os níveis de desemprego e toda violência contida nesta forma de trabalho, seja no excesso de horas, seja o abuso causado pelas várias formas de assédio.

O governo Lins abandonou políticas públicas importantes que fortaleceriam a diversidade existente em nossa cidade. Não realizou projetos para a juventude periférica em geral e, em especial, para a juventude pobre e preta que tem o seu futuro incerto, devido às relações impostas pelo racismo estrutural. Não há formação ou perspectiva de trabalho seguro.

A cultura e o patrimônio histórico da cidade estão esquecidos. A Biblioteca Municipal e o Museu, fechados e abandonados. A Escola de Artes está precarizada e atendendo a um número mínimo de alunos.

É preciso, com urgência, dar visibilidade e voz para essa situação que o governo Rogério Lins esconde da população, mas que conhecemos bem, pois vivemos todos os dias os resultados das decisões do prefeito.

Por fim, queremos construir propostas junto com as trabalhadoras e trabalhadores que constroem a cidade. E queremos te ouvir. Somente com participação coletiva e luta poderemos transformar a sociedade em benefício dos 99% que produzem, rumo a uma Osasco para a Periferia. Por isso, defendemos o Socialismo!

Venha com a gente!